sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Estréia segunda temporada de Shameless



Se considero Parenthood a melhor série de drama da TV aberta, Shameless é a melhor da TV a cabo. Ou até mesmo a melhor série de drama no ar e ponto.


Eu já falei um pouco da série antes, a primeira temporada foi incrível e a segunda segue o mesmo ritmo. Nesse episódio de estréia da temporada vemos que a dinâmica da família mudou um pouco em relação a como ganhar a vida. Fiona trabalha à noite como garçonete numa danceteria, de dia finge cuidar de crianças em sua casa enquanto dorme, é Deb quem realmente cuida dos pequenos junto com Carl e Liam, com 2 anos agora. Lip agencia lutas de rua ganhando dinheiro com apostas, e trabalhando também com Kev num carro ilegal de venda de doces e maconha. Aliás a história da plantação de maconha de Kevin rendeu muitas risadas nesse episódio. Até a garota adotada por ele e Veronica ajudou a cultivar.

Ian continua trabalhando na loja de Kash, que decide largar a mulher para não viver mais uma vida dupla. E Frank, como sempre, se mete em alguma confusão devendo 10 mil dólares para uma gangue depois de uma aposta furada. No fim das contas é Fiona quem resolve o problema, como sempre. Ele ainda mora com a mãe de Karen, que apareceu pouco no episódio. Ela ainda namora com Lip, mesmo frequentando reuniões de um grupo do viciados em sexo anônimos.

E voltando a falar de Fiona, ela ainda está de amizade com Jasmine, aquela loira estranha que apareceu no final da temporada passada. Ela continua com sua mania de apalpar a amiga, que agora parece ter se acostumadas as agarradas e beijos na boca. Acho que ela realmente tem segundas intenções com Fiona, a qualquer momento ela deve partir pra cima da amiga, só não faço idéia da reação da Fiona quando isso acontecer. Ela está com um namorado novo, que segundo Veronica se parece com Steve (e realmente parece) e serve como um consolo pelo outro que teve que fugir. Steve não deu as caras desde que fugiu dando a Tony  (aquele policial apaixonado por Fiona) a casa que ele comprou ao lado da casa dos Gallaghers.  E Tony está reformando a casa, ou vai aluga-la ou vai morar por lá mesmo. Aposto nessa segunda opção.

O episódio se encerra com uma grande fogueira de maconha na vizinhança, o que remete ao final do primeiro episódio da série. A alegria da familia Gallagher está na união deles, seja nos momentos bons ou ruins.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Lendo 'The Walking Dead'


Aproveitando o intervalo na segunda temporada de "The Walking Dead" fui continuar minha leitura da série em quadrinhos, que deu origem à série da TV. Eu comecei a ler a bastante tempo, quando a primeira temporada começou a passar, mas acabei não tendo tempo de ler tudo, então esse intervalo agora acabou servindo como desculpa para revisitar a história em sua origem.

O trabalho de adaptação para a TV é muito bem feito, é claro que não segue à risca o que acontece nos quadrinhos, até mesmo os personagens tem suas diferenças, mas no geral a idéia de um mundo mudado pelo caos dos zumbis se mantém. A tensão e os dilemas vividos pelos personagens são exatamente iguais. Vou comentar algumas dessas diferenças nesse texto. Li até a HQ número 25 do volume 5, em que o grupo está vivendo dentro de um presídio.

O texto a seguir pode conter SPOILERS para quem acompanha a série pela TV.

Porque eu adoro Parenthood


Esse começo de ano foi bem devagar em termos de episódios inéditos, nessa semana é que o negócio começou mesmo a esquentar e ainda assim as expectativas não estão tão altas em termos de episódios bons. Mas tem uma série, título desse post, que consegue me surpreender a cada episódio. Parenthood é altualmente o melhor drama da TV aberta dos EUA. Está ali ao lado de Grey's Anatomy, mas um pouco a frente, na minha opinião.

E por que essa série é tão boa assim, você pode se perguntar. Porque simplesmente foge de qualquer clichê e lugar comum que produtores de séries de drama adoram usar para acabar com a alegria do expectador. Como Brothers & Sisters, por exemplo. Era uma tragédia atrás da outra, relacionamentos que começavam condenados a terminar em breve. Bastava alguém estar feliz na série para logo uma bomba ser jogada e acabar com tudo. Um dramalhão a altura das novelas mexicanas.

Então aparece essa série com um elenco incrível, com histórias realistas e muito bem feitas. Nesses dias Sarah e Mark ficaram cuidando da filha da Kristina, e Mark chegou a declarar que se veria tendo um filho com Sarah. Eu pensei que isso poderia ser o estopim para o fim do relacionamento do casal, que é um dos mais delicados da série. É daqueles que quando começa você já espera que vá terminar logo, já que a diferença de idade entre eles ia pesar em algum momento, como nesse sobre o bêbe. Imaginei que a Sarah não iria gostar da idéia por já ter 2 filhos adolescentes, mas não foi isso o que aconteceu.

É como se a série sempre se mostrasse disposta a enfrentar um novo desafio. Qualquer outra série de drama já teria separado essa dupla. Eles passaram pelo problema da idade, do ex-marido, dos filhos dela e agora chegou nesse: um comprometimento maior com um filho dessa união. Então Sarah gosta da idéia, e precisa saber se Mark realmente falou sério. Ele fugiu do assunto, mas demonstrou estar assustado, mas otimista ao mesmo tempo. Ou seja, o sinal continua verde para a dupla. Eu vou ficar surpresa se isso realmente der certo e Sarah e Mark venham a ter um filho. Qualquer resultado diferente seria um escape fácil. Além disso, se esse relacionamento acabar, que histórias vão inventar para Sarah agora? Parece fazer mais sentido se realmente der certo.

E se eles forem adiante é capaz de ser algo rápido, pois já basta o drama da Julia e do Joe com o bêbe da moça do café. Ainda acho que a Julia vai ficar grávida a qualquer momento e acabando com 2 bebês em casa. E dessa vez acho que o Joe volta a trabalhar e deixar o serviço de casa com ela, seria interessante ver essa inversão de papéis entre eles.

Com Adam e Crosby tudo bem também, o fato do Adam ser o destaque da matéria sobre o estúdio foi algo muito bem bolado, e apesar da briga de egos que gerou (criada por Crosby que adora atenção)  acabou servindo para unir mais os irmãos. "Não foi a música que me salvou, foi você". Ótimo.

Uma das poucas coisas que a série deixa a desejar é de aproveitar pouco alguns personagens, que volta e meia ficam jogados sem história ou sem mesmo aparecer para dar um oi. Drew é um dos mais deslocados, provavelmente pela própria falta de iniciativa do ator que o interpreta, ele é muito fraco. Deram uma namorada pra ele, o que ajudou um pouco, mas ainda é insuficiente para ele ganhar algum destaque. Quem não pode reclamar é Max, que sempre tem algo a acrescentar. O ator é muito bom, tão jovem e tão competente. Haddie e Amber também tem seus momentos de destaque, Amber agora no trabalho com Kristina tem uma nova chance de sair daquela mesmisse de "sou jovem não sei o que fazer e nem quem sou". Já Haddie tem ficado um pouco ociosa desde que seu namoro com Alex terminou.

O casal patriarca da série, Zeek e Camille também tem seus altos e baixos, mas não decepcionam quando aparecem pra valer. Eu nem ligo muito quando eles somem, acho até que a dosagem deles na série é boa. Não  há muitas histórias para se explorar na situação em que eles se encontram sem ser algo muito fora da realidade da série (tipo alguém ter uma doença grave, ou sofre um acidente de trânsito, ou decidir fugir, sei lá, clichês que séries ruins adoram usar).

É uma pena essa série estar na NBC, que anda mal das pernas em se tratando de audiência. A boa notícia é que em sua terceira temporada Parenthood vai bem e é quase certo que venha a ter sua quarta temporada. Se mais pessoas parassem para dar atenção a ela com certeza os números seriam bem melhores, mas estando num canal que não tem muito a oferecer, temos é que agradecer por ela ainda estar no ar.